Admiração guardada…
Te admiro, provavelmente não saiba disto. Fico de longe, observando e sorrindo com seu sorriso. Sei que não haverá nada entre nós e está tudo bem. Enquanto isso, sigo, platonicamente, te admirando.
Compreendo o seu discurso de felicidade, mas quem nunca sorriu para disfarçar as dores, para não ser incomodado com perguntas vãs, como se realmente alguém se importasse com o que carrega em seu peito.
Seu sorriso e seu olhar cativam, mas queria pode descobrir o que há por trás disto. Essa pose traz junto consigo, frustrações que fizeram você desistir do amor, talvez. Perdoe-me, é apenas minha suposição e sei que pode estar errada. Quisera fazer parte do motivo do brilho dos seus olhos, mas é pretensão demais. Saber que quando sorri é porque pensa em mim, prepotência demais.
Por isso evito me aproximar. Pode me chamar de covarde, sou ciente disto.
Diante dessa covardia, de joelhos, somente admiro ao longe. Sei que sou incapaz de te fazer feliz, porque por si só, essa afirmação é absurda. Ninguém é feliz por causa de outra pessoa. A felicidade está em si mesma, mas quisera fazer parte e contribuir ainda mais para seus dias alegres, momentos de êxtase e arrancar suspiros do seu peito.
E nessa admiração, torço para que um dia encontre alguém capaz disto tudo. De te arrancar suspiros, de roubar seus pensamentos, de ocupar seu tempo, de te fazer gemer e querer mais. Alguém que marque não apenas sua pele, mas sua alma. E te faça esquecer o tempo enquanto estiverem juntos.
Desejo que me note, mas não guardo essa esperança, já que cheguei num momento onde estamos com sintonia diferente de olhar a vida. Nossas perspectivas andam na contramão e tudo bem com isso também. E nessa direção controversa, prossigo espiando seu ser e guardando detalhes que trazem encanto ao meu verbo.
Liberdade, apenas isso, liberdade.
Um beijo, com afeto…