O nome da minha saudade…
Dias nublados nem sempre são bons. Suscitam ausências, trazem à memória, saudades sem nome, onde me remete apenas ao querer, mas um querer ainda desconhecido de rosto.
Inclino-me na sacada, contando as estrelas, desejando que sejas você uma delas, que me observa e, com seu brilho, traz uma beleza sem par ao meu olhar triste. O café cumpre o seu papel, de acalentar meu peito, de acariciar meu rosto, enxugando minhas lágrimas, que buscam a direção de seu sorriso.
No silêncio da avenida, questiono-me se um dia serei notado dentre tantos em seu caminho. Um aceno, um gesto, algo que a faça compreender que te observo e prossigo, te esperando.
A Lua me perguntou, qual seria o meu pedido naquela noite:
“Busco um nome para minha saudade;
Uma saudade para ser meu lar;
Onde ela se faça minha morada;
Onde não tenha pressa para chegar;
Onde não tenha pressa para partir;
Um colo que me cuide todas as noites;
Um abraço onde sou capaz de me perder;
Mas que, no abraço, ensina-me o caminho de volta.”
Talvez seja pedir demais, sendo quem sou. Apenas um doido solitário que escreve à um amor distante, um amor que ainda não chegou.
Que seja você, o nome da minha saudade, pois é teu perfume que devolve suspiros à minha pele.
Onde você estiver, um beijo.
Com afeto…