Sobre felicidade…
Há momentos em que parece quase impossível traduzir o que se sente. Ainda mais com tamanha fora e intensidade. Como não sou poeta, apenas percorro o pouco que conheço das palavras, pedindo auxílio para que eu consiga desenhar o que se passa aqui dentro.
Ah, a admiração que há, a contemplação à distância às vezes judia. O querer se transforma em sede quase insaciável. Imensurável o desejo de pertencer e me entregar. Jogar-me de cabeça, não me importando com as consequências desse jogo doido chamado destino. Ora ele me convida para uma dança maluca, ora me pede um pouco menos de ansiedade e mais paciência.
Nessa dança, acabei-me envolvido, mas desencorajado, ao mesmo tempo. Querer mais do que quero, mesmo que não dê em nada. Talvez seja esse o medo que mantém imóvel, saber que pode dar em nada. Podem dizer que não saberei se não arriscar, mas e como enfrentar a frustração? Talvez não seja o momento, o nosso tempo não seja o mesmo e com isso, um simples não, pode se transformar em uma rejeição com proporções que não existam, de fato.
Por isso sigo, sonhando, me encantando com seu sorriso, com seu olhar, com seu jeito de ser e sua inteligência. Em outras épocas, minhas atitudes poderiam ser outras, mas no momento que vivemos, arriscado demais alimentar demasiada esperança.
Mesmo nos dias mais nublados, o seu sorriso traz brilho e abre meus céus. O seu olhar me faz enxergar o mundo de outra forma, tomado apenas por beleza, poesia, calmaria e paz. Te observar, imaginar planos, me distrai da dor de não ter você e coloca um sorriso bobo em meus lábios. Lábios que desejam morrer em sua boca. Sentir o sabor da felicidade ao tocar seu corpo.
Onde você estiver, saiba que é minha felicidade.
Com afeto.